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sábado, 19 de dezembro de 2015

Revendo o filme A Hora do Pesadelo original: lições sobre um bom filme de terror

Revendo o filme A Hora do Pesadelo original: lições sobre um bom filme de terror

Ontem eu assisti ao filme original do Hora do Pesadelo e pude comparar com o remake e o primeiro, dos anos 80, é muito mais assustador. Tem um ritmo um pouco mais lento, não é necessariamente mais violento ou brutal, mas tem mais suspense, parecia ter menos cenas, ou seja, a história era melhor desenvolvida, não ficava cheia de elementos, pelo menos foi essa a impressão que eu tive. Apesar da nova versão de A Hora do Pesadelo ser muito boa, essas refilmagens tem sempre um ar de tributo ou de ganho certo, enfatizando certos elementos do enredo que conquistaram mais o público. O Fred Krueger aparece muito mais na nova versão do que no original. No primeiro filme as coisas pareciam ser mais insinuadas e os cenários eram mais explorados, então aquele cenário do que parece ser uma fábrica é percorrido pela personagem principal por algum tempo antes dela se deparar com o "monstro dos seus sonhos". O primeiro filme também é mais surrealista, se é possível dizer isso, explora mais a temática dos sonhos do que referências de cunho político e social relevantes no momento. Nesse contexto, isso foi mais avançado do ponto de vista estético. O clima de tensão também é mais explorado no original e essa tensão é fundamental numa boa história de terror. O que assusta não é a vítima com as tripas de fora, mas aquilo que pode acontecer, mesmo que não aconteça. No caso do Fred Krueger, o mais importante do personagem é que ele invade os seus sonhos enquanto você dorme e você pode não acordar, explora o medo de toda criança de pesadelos e traz à tona esse medo primitivo e infantil para os adultos. Você tem que ficar com medo de dormir depois de ver o filme, esse é o sentimento que A Hora do Pesadelo provocava em mim quando eu era criança e que o filme mais recente não chegou nem perto, mas rever o original ainda é assustador.

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