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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

CONTO ERÓTICO: Quarenta e Cinco Minutos de Paixão

CONTO ERÓTICO: Quarenta e Cinco Minutos de Paixão

Quarenta e Cinco Minutos de Paixão

            Charlote estava de calcinha pela sala. Giovanni apenas a admirava. Intimidade é isso: quando duas pessoas andam normalmente de roupas íntimas pela casa sem nenhuma vergonha. Ele usava a cueca preta que Charlote lhe comprou. Ela usava a calcinha de oncinha que ele lhe trouxe do sex shop. Charlote desfilava na frente do namorado, inquieta. Essa era a única coisa que interrompia a sua vida sexual: a menstruação. Essa era a última inibição que lhe faltava perder com seu amante de mais longa data.
            Ela foi em direção ao quarto. Deitou na cama e se lembrou da transa que tiveram na semana passada. Os dois resolveram tomar banho juntos. Ele começou a ensaboá-la. Espalhou espuma nos seus seios, passando as mãos, apalpando com suavidade. Giovanni passou, então, para as suas costas, esfregou-as e desceu até a bunda. Passou as mãos nas nádegas dela, apertou-as e seguiu ensaboando todo o seu corpo. Ela começou a beijá-lo e a masturbá-lo ao mesmo tempo. Em seguida, desceu e começou a chupar seu pênis. Aquele foi o melhor sexo oral que Giovanni já teve. A lembrança desse momento sensual deixou Charlote louca de tesão. Ela desejou experimentar com seu amante todo tipo de prazer. Lembrou-se da noite anterior em que dormiram juntos nus, abraçados, ele dentro dela e ela delirando, passando de um sonho erótico a outro, contraindo a vagina de vez em quando e gozando a noite inteira. Ela já estava eroticamente carregada. Pela manhã, enquanto Charlote estava tomando uma xícara de café na cozinha, Giovanni chegou por trás, agarrou-a pela cintura e começou a beijar o seu pescoço e a sua nuca, a cheirar seu cabelo e a esfregar o seu sexo na sua bunda. Ela estava meio irritada, no entanto, por ter amanhecido menstruada e o repeliu naquele momento. Mas agora ela já não aguentava mais. Então, correu até a sala e avançou sobre Giovanni. Os dois se entregaram ao desejo e começaram o seu ritual de prazer. A paixão os tomou de assalto. Com ferocidade, ela cravou as unhas nos seus ombros. Ele a conduziu até o quarto. Ela tirou toda a roupa e ficou completamente nua para ele. Giovanni ficou excitado e começou a chupar os seus seios, a lamber e a beijar seus mamilos. Ela deitou na cama de bruços se oferecendo para ele, com a bunda empinada. Giovanni deitou o seu corpo sobre o corpo dela. Ele sentia as nádegas dela junto do seu corpo, a bunda dela roçando na virilha dele; ele sentia o calor das nádegas dela no seu sexo. Ele a penetrou com vigor. Eles transavam num ritmo intenso. Eles mudaram de posição, ela ficou de frente pra ele. Charlote arranhava suas costas, cravava as unhas em toda a sua pele. A cama incendiou com o fogo de sua paixão e o quarto guarda os seus gemidos de prazer. Continuaram fazendo amor em pé. Ele a encostou na parede, ela de costas para ele, esfregando a bunda na sua virilha. Ela ficou com as mãos apoiadas na parede, inclinada a partir da cintura. E ele por trás a segurou forte pelos quadris, apertando suas carnes e sua pele. Foi o tesão que levou os amantes a se levantarem e buscarem a parede, fazendo amor na posição do Cavalo, liberando o seu instinto selvagem.
            Charlote se esqueceu de que estava menstruada e curtiu o melhor sexo da sua vida. Perto do final, Giovanni a atirou na cama, colocando-a de quatro e voltou a penetrá-la, agora com ainda mais força e mais rápido e intenso. Ele puxava os cabelos dela e isso a excitava ainda mais. Era como nos seus sonhos eróticos, só que melhor! Giovanni continuou com a posição do Tigre, dominando-a. Charlote deitou de bruços na cama, com os joelhos sob o corpo e a bunda levantada para ele. Giovanni se ajoelhou e montou nela por trás. Os movimentos foram ficando cada vez mais rápidos e o calor foi aumentando. Os seus corpos já estavam completamente suados e seus lençóis cheiravam a sexo. No auge da excitação, eles mudaram novamente de posição. Ela ficou ajoelhada de quatro e ele montado atrás dela na posição do Cão. Ele a agarrava pelos quadris e a satisfazia com seu vigor. Ele pediu e ela rebolou no pênis dele, mexendo os quadris na sua virilha. Ele apertava as nádegas dela em êxtase. A paixão era cada vez mais feroz e eles terminaram o seu Kama Sutra na posição do Javali. Ela ficou de joelhos, inclinada para frente e com os braços apoiados na cama, a pelve inclinada para cima e ele ficou de joelhos com as nádegas dela encostadas no seu corpo, junto dele, fazendo-o explodir de tanto tesão. Ele ejaculou e os dois tiveram orgasmo juntos.
            Foram quarenta e cinco minutos de paixão. Quarenta e cinco minutos de liberdade selvagem. Quarenta e cinco minutos em que liberaram o seu instinto primitivo. E essa transa sensual, que começou violenta, com arranhões e mordidas na cama, percorreu as posições mais animais do Kama Sutra, procurando a parede e terminando de novo na cama. Em pé ou deitado o sexo foi apaixonado. No corpo dele, ficaram tatuadas as marcas da paixão dela. Um presente de suas unhas. Ela arranhou todo o seu corpo. Ele mordeu suas nádegas. Nos seus lençóis ficou gravada a confissão de dois amantes que se perderam e se fundiram num só corpo inteiro de prazer. Na parede do quarto e na cama de casal, deixaram escrito seu ato de amor, registrado como num diário, que sempre pode ser lido e que fica conservado o que se deseja que seja sempre relembrado.
            No final, já não importava o sangue da menstruação ou a irritação que ela sentiu no início do dia. Talvez tenham sido os feromônios, talvez tenham sido as suas lembranças, talvez tenha sido o momento íntimo, mas o que importa é que Charlote se abriu no sentido mais profundo para o seu até então namorado. Eles não tiveram escolha, no mês seguinte, estavam casados. Ela encontrara o parceiro com o qual poderia ser desinibida, feliz e satisfeita. Depois disso, nunca mais perderam uma menstruação.



RAFAEL ROSSI

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